domingo, 27 de novembro de 2016

A Utopia do Comunismo Espiritual



Antonio Carlos Rocha

Quem sabe em milênios vindouros. Se não houver vida física no planeta Terra, talvez vida invisível como já é em Marte, dizem os espiritualistas.

Não tem nada a ver com ditaduras e muito menos com as chamadas “esquerdas brasileiras”. Está no plano das Utopias e como tal insere-se no âmbito das Filosofias, Religiões Saudáveis, Artes, Literaturas (entendendo-se por tal, ficções).

O jornalista Carlos Newton foi muito feliz em seu artigo de domingo, 27/11/16, na Tribuna da Internet, ao afirmar que, desde Krishna, todos os grandes mestres da Humanidade praticaram em seus ensinamentos este Comunismo Religioso, que eu chamei de CN – Comunismo Neohumanista, Comunismo Neorreligioso, Comunismo Neopacifista, homenageando a sigla do nome do editor do referido blog.

Na verdade, de novo não tem nada, é antiqüíssimo e se perde na noite dos tempos.

No livro “O Caminho da Perfeição”, do filósofo indiano Prabhupada (1896-1977) editora Iskon, divulgador da Consciência de Krishna no Ocidente, ele afirma que na antiga Academia de Ciências da URSS, os cientistas estavam estudando o Pensamento de Krishna, pois identificaram semelhanças entre a proposta Comunista Primitiva e os ensinamentos védicos de 5 mil anos antes de Cristo, na Índia. Ele diz mesmo que é uma forma de “comunismo espiritual”.

Muitos autores espiritualistas já falaram em “comunismo espiritual” e o texto que melhor apresenta Krishna é o livro Bhagavad Gita.

Em português temos várias traduções da “Bhagavad Gita = A Canção do Senhor”, uma que eu destaco hoje é da editora Shakti, de São Paulo, 1994, com uma bela introdução do escritor inglês Aldous Husley (1894-1963).

À página 135, a encarnação divina Krishna é chamado de “meu camarada”. E esta obra, depois da Bíblia é a mais traduzida do mundo, informa do editor.

“Notável Literatura”, a Bhagavad Gita faz parte da Filosofia Perene, diz-nos Aldous:

“Mais de vinte e cinco séculos passaram-se desde que a chamada Filosofia Perene foi posta no papel; e, no curso destes séculos, encontrou expressão repetidamente, ora parcial, ora completa, ora nesta forma, ora naquela. Na Vedanta e na profecia Hebraica, no Tao Te King e nos diálogos Platônicos, nos Evangelhos segundo São João e na teologia do Budismo Mahayana, em Plotinus e no Aeropagita, entre os Sufis Persas e os místicos Cristãos da Idade Média e da Renascença – a Filosofia Perene falou quase todas as línguas da Ásia e da Europa e fez uso da terminologia e tradições de cada uma das religiões mais elevadas”.

Huxley é autor do livro “A Filosofia Perene”, 448 páginas, editora Globo. O prefácio é do professor da USP, Janine Ribeiro, que foi Ministro da Educação de Dilma, diz ele:
“A Filosofia Perene é um cerne comum a várias religiões e sociedades que nos permite superar os males deste mundo”.

O termo “Filosofia Perene” foi usado pelo filósofo alemão Gottfried Leibniz (1646-1716), mas na multimilenar Índia já era conhecido como Sanatana Dharma = Verdade Eterna.

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