sábado, 5 de fevereiro de 2011

Re-Ler Marx Hoje

Re-Ler é mais do reler. É um ler atento, consciente do significado de todas as palavras, é como os budistas falam: ler com plena atenção, a plenitude de todos os sentidos possíveis e imagináveis em cada palavra.

Neste per-curso vamos Re-Ler o penúltimo parágrafo do famoso Manifesto Comunista:

“Os comunistas não se rebaixam a dissimular suas opiniões e seus fins. Proclamam resolutamente que esses fins não poderão ser atingidos sem a derrubada violenta da ordem social atual. Que as classes dominantes tremam com a idéia de uma revolução comunista. Os proletários nada têm a perder com ela, exceto seus grilhões. Têm um mundo a ganhar”.

Observe bem que os autores: Marx e Engels não falam no uso de armas de fogo, ou de corte ou de perfuração. Portanto, a derrubada “violenta” pode ser através de palavras, da arte, de várias formas, derrubada pacífica e até silenciosa.

Vejam o exemplo de Gandhi que ajudou a libertar a Índia do Império Britânico através de muitas greves de fome. Vejam os muitos exemplos de cônjuges que, silenciosamente, saem de uma casamento/relação afetiva e simplesmente destroem a estrutura familiar. Vejam que a força da verdade, através da transparência absoluta pode mudar os rumos de uma nação (humana ação)

Nos exemplos abordados... a-bordados o que existiu foi uma atitude radical pacífica. Note que Heidegger afirma que “radical” é ter como base a raiz, a origem.

A luta armada é só uma interpretação. Preferimos a luta amada...

Vi, li, refleti e meditei nas definições dos mestres Houaiss e Aurélio, em seus dicionários, eles não falam em derramamento de sangue ao caracterizar o vocábulo “violência”.

Portanto, a forma violenta pode ser lida/interpretada como forma violeta, é só tirar o “n”, o que nos remete à Chama Violeta, movimento espiritualista dos Espíritos Ascencionados.

No livro referido, a fonte é a publicação da editora Garamond, 1998, pagina 88, o comentário da edição é do professor e escritor, deputado federal Chico Alencar, do PSOL-RJ.

Ainda com base no pensamento desses dois grandes autores, Marx e Engels, vejo que eles se equivocaram quando, utopicamente, dizem que os proletários irão mudar o status quo.

O que a História tem nos mostrado, até agora, é que os proletários que ficam toda uma vida explorados e produzindo bens de consumo para os ricos, para as elites, tão logo podem, começam a comprar e se endividar adquirindo tais bens de consumo. Se esquecem de suas origens, de suas raízes pobres e somam com os que estão no poder oprimindo-os economicamente.

Mao Tsé Tung, sabiamente deduzindo o acima, utilizou os camponeses. Mas hoje, quando grande parte das populações moram nas cidades e os campesinos são muito poucos fica difícil os pobres chegarem ao poder.

Como dizia meu falecido pai ... perdemos... resta-nos jogar futebol, pular carnaval, encher a cara de bebida e freqüentar o AA – Alcoólicos Anônimos e/ou afins.

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